A falta de esforço em jovens

Quem convive com adolescentes e jovens em escolas ou outras instituições, constata em muitos deles um défice de força não só como falta de vontade, mas de pouca resiliência que se manifesta em fragilidades em vários campos, atraso da maturidade, baixa autoestima...

        …baixa autoestima, falta de controle dos sentimentos e emoções, busca incessante de conforto e entretenimento que dificultam a conquista de ideais mais altos, dependência do grupo, insegurança e medo de arriscar-se, pouca iniciativa e incapacidade para resistir ao que vai contra suas próprias convicções.

Outros sintomas que se apresentam neles são: tendência ao imediatismo ou à busca por resultados a curto prazo, fuga do silêncio que impede a expansão do pensamento, falta de reflexão e incapacidade para transcender do óbvio ou imediato, pouca atenção e dispersão em múltiplas atividades, desprezo pelo trabalho – principalmente o estudo – como modo de fortalecer a vontade e o autocontrole (temperança).

         Vários psicólogos alertam também sobre a tendência compulsiva no uso das tecnologias (principalmente a relação viciante com o celular), o fácil acesso à pornografia, o empobrecimento das relações pessoais e familiares que se traduzem em conversas de curta duração e de pouco significado, com a consequente perda dos valores morais que são guias para as verdadeiras condutas, pois permitem discernir o bem do mal. Ofuscada a capacidade da inteligência para conhecer a verdade, se enfraquece a vontade e passa-se a sobrevalorizar os sentimentos e as emoções como regras de conduta.

         Sendo a família o primeiro e o principal âmbito formativo das crianças, adolescentes e jovens, é preciso ajudar os pais a terem visão de futuro e aproximar deles conteúdos sobre a educação comportamental dos filhos. Assim, poderão fomentar nos filhos, desde a infância, hábitos de constância (fortaleza) para enfrentar os encargos familiares e o estudo, a serem sóbrios e temperados para controlar o ímpeto de usar a todo instante games e redes sociais, e dando exemplo para alimentar neles o gosto pela boa literatura e modos criativos e construtivos de descansar. Um bom caminho será facilitar aos filhos um programa de leitura com livros em papel e incentivá-los a que busquem modos de descansar criativos e construtivos, seja por meio de bons livros, áudios e filmes que facilitem a educação dos afetos e dos sentimentos. Biografias de conversões ou superações permitirão que repensem a própria vida e alimentem ideais de serviço aos demais. De modo adequado à idade de cada filho, os pais precisam transmitir a experiência de Deus, pois a semente da fé permanecerá alojada no íntimo de cada um e dará fruto no devido momento.

         Com paciência, dedicação de tempo e conversas profundas e bem preparadas – realizadas de modo amigável e natural –, pais e educadores podem ajudar a que muitos adolescentes e jovens abandonem a superficialidade em que vivem, busquem o autoconhecimento para fortalecer os pontos fortes do caráter e temperamento e corrijam os fracos, e não temam a ir ao encontro de grandes ideais.

Texto de Ari Esteves para o site www.ariesteves.com.br. Foto de Cottonbro Studio.

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Ari Esteves

Ari é Advogado (USP-Largo São Francisco), licenciado em Pedagogia pelo Centro Universitário Internacional, licenciado em Letras pelo Centro Universitário Claretiano e pós-graduação em Mediação de Conflitos Escolar e Familiar (Universidade de Fortaleza). É editor do Boletim Pedagogia do Comportamento, e autor do livro Família em Contos: os Larletos, Editora Cultor de Livros, São Paulo, 2009.

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Ari é Advogado (USP-Largo São Francisco), licenciado em Pedagogia pelo Centro Universitário Internacional, licenciado em Letras pelo Centro Universitário Claretiano e pós-graduação em Mediação de Conflitos Escolar e Familiar (Universidade de Fortaleza). É editor do Boletim Pedagogia do Comportamento, e autor do livro Família em Contos: os Larletos, Editora Cultor de Livros, São Paulo, 2009.

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